Aquele Beijo

19 janeiro 2011 / Tags: , , , ,



Aviso previamente que esse é um conto enorme
 e que eu não sou boa escrevendo em primeira pessoa.
Pelo tamanho, resolvi colocar um "continuar lendo" para não sobrecarregar a pagina do blog.
Espero realmente que gostem do conto.

Quando desci as escadas, observei o mar de brinquedos, tintas e gritaria que os gêmeos haviam feito na sala e finalmente alcancei a porta de entrada, queria tudo, exceto abrir a porta. Porque eu sabia que ele estaria lá fora com aquele sorriso sem humor, aquela mochila nas costas e os fios negros escondendo qualquer coisa que pudesse me deixar menos confusa.

Porque justo ele precisava ser minha dupla?

Coloquei a mão na maçaneta e pedi para o chão abaixo de mim sumir. Ser tragada pela terra parecia bem mais confortável que aquilo. Naquele instante a campainha tocou novamente. Lúcia, a baba dos gêmeos, saiu da cozinha de boca aberta. Provavelmente só foi até lá verificar o bolo no fogo e quando voltou encontrou aquele caos. De qualquer forma, ela encontrou fôlego para perguntar "Precisa de ajuda, Anne?"

Eu quis gritar, dizer para ela me ajudar a tapar todas as entradas e acionar os alarmes da casa porque um ladrão estava do outro lado da porta. Mas, mantive a face serena e balancei a cabeça. Aquilo era problema meu. E roubar corações não é um crime nesse país. Mas, olha, bem que deveria ser!

De qualquer maneira, eu podia ver a sombra dele por baixo da porta e conhecendo-o um pouco estava bem claro que ele iria embora em instantes, se eu não gira-se aquela maçaneta. Foi o que eu fiz. Abri e pontuei esse verbo com um suspiro de conformismo. Enfrentar os medos faz parte de ser corajoso, não é? E eu sou muito corajosa, acredite.

Claro que ele estava lá parado com as mãos nos bolsos, subindo e descendo sobre os pés. Ele não disse nada quando me viu, mas fitou-me com tanta intensidade que eu quis fechar a porta novamente. Porém, saí da frete e o convidei silenciosamente a entrar. Ele aceitou caminhando calmamente até o pé das escadarias.

"Leve seu amigo pro seu quarto, Anne. Vai ser impossível atravessar até aqui. Frederico, não jogue os brinquedos assim!". As minhas sobrancelhas deram um pulo ao escutar aquilo. Como é?! Levar o Vicente pro meu quarto?! A Lúcia estava ficando louca ou o quê?!



Enquanto eu tomava aquele susto e tentava de todas as maneiras não sofrer por antecipação, um carrinho de brinquedo vôo até a cabeça do Vicente e quase o atingiu, a sorte é que ele tinha bons reflexos e abaixou-se a tempo. Suspirei novamente, observando o olhar que ele me lançara e comecei a subir as escadas. Se era pra enfrentar aquilo, que fosse logo e acaba-se cedo.

Ele me seguiu por todos os degraus, depois até o fim do corredor onde ficava meu quarto. Imaginei tudo que havia deixado espalhado pelo chão, cômoda, guarda-roupa e até mesmo empendurado nas cadeiras e tremi. Com toda aquela mania de organização dele, provavelmente só precisaria de cinco minutos ali pra surtar. Talvez menos, eu estava torcendo.

Empurrei a porta semi-aberta e entrei, já começando a arrumar pelo menos a pequena mesa próxima à janela. "Você precisava mesmo morar no último andar?", foi a primeira vez que ele falou naquele dia, e claro que havia acidez em sua voz, sempre havia quando ele criticava algo que eu adorava. Olhei pra trás e o peguei espiando meus ursinhos nas prateleiras. "Essas reclamações ficam no departamento que minha mãe administra. Pode reclamar quando ela chegar", disse cética, desviando o olhar do dele e derrubando um porta-lápis.

Ele sentou-se na minha cama e me observou recolher tudo do chão, eu podia sentir nas minhas costas o olhar dele. Era muito desagradável. "Já experimentou arrumar o quarto algumas vezes?" eu levantei, coloquei o porta-lápis novamente na mesa e puxei uma cadeira para me sentar. "Você já viu o quarto da Bell? É bem pior". Certo, aquilo era jogar baixo e eu percebi assim que o vi deixar os ombros caírem. Mas, o que eu podia fazer? Ele estava dentro do meu quarto, sentado na minha cama e me lançando olhares que eu sinceramente não compreendia.

"Nunca entrei no quarto da Isabel..." ele disse distraído como se não importasse. Bem, se ele tivesse entrado eu certamente saberia. Isabel era a namorada de Vicente e minha melhor amiga desde... Sempre. E, aliás, eu nunca havia entendido aquela história.

Afinal, eu fui a primeira pessoa com quem ele falou, assim que mudamos de escola naquele ano (e parecia ser a única com quem ele falava). Ele passava todo o tempo ao meu lado e nós tínhamos aqueles detalhes que só nós dois podíamos ver. Fosse um pequeno sorriso dele, fosse uma piada minha, fosse um piscar de olhos ao olhar pra trás, fosse o modo como ele andava de mãos dadas comigo pelos corredores.

Ele gostava de conversar comigo, porque assim como ele, eu gostava de falar baixo. Também gostava de prestar atenção nas aulas e comentar de modo engraçado. Enquanto ele era completamente domado pela razão das coisas, eu era aquela que dava bom dia abraçando todo mundo que conhecia. Ele o tímido, eu a simpática.

Daí eu entendi que nós dois não tínhamos nada haver.

Não demorou muito para as brigas começarem. Aos poucos eu descobri o quão ele era perfeito. O melhor aluno da sala, o melhor jogador do time, o cara mais bonito. E da perfeição, eu estava passando longe. Eu só conseguia ser boa de verdade em três ou quatro matérias, não fazia idéia de como se jogava seja-lá-que-jogo-fosse e não era bem o que chamavam de bonita. Claro que eu não estava entre as piores, mas numa turma de meninas de longos cabelos lisos e que acordam maquiladas todos os dias, aquele do cabelo curto e do sorriso aberto não é a mais bonita.

De qualquer maneira, aquilo nunca me incomodou. Pior mesmo eram todas as outras coisas, porque quanto mais eu falava sobre aquilo que gostava, mais descobria que ele não gostava de nada daquilo.

Afinal, eu descobri que a única coisa que me unia a ele era o fato de que eu gostava dele.
De um jeito muito especial.
E ele me correspondia.
Até que ele resolveu pedir minha melhor amiga em namoro.

Não sei nem descrever que espécie de dor me invadiu naquele momento em que soube, só sei dizer que ele me fez descobrir como um quarto cheio de dúvidas pode ser doloroso. Eu me afastei dos dois, não queria atrapalhar e sofri calada, toda a dor daquela decepção. Sozinha e calada. Nada haver comigo.

Hoje, eu quase podia dizer que o esqueci.
Exceto quando ele me cobrava o abraço dele de bom dia.
Ou ficava com o pescoço próximo demais do meu nariz.
Ou piscava o olho pra mim.

Certo... O fato é que eu finalmente havia me acostumado aquela situação. Talvez tivesse conseguido sufocar todo aquele sentimento numa coisa que apenas eu conhecia, sentia, mas não demonstrava. Mas, os planos não contavam com aquilo. O destino consegue ser um grande cretino quando quer. E agora ele estava ali, pela primeira vez a sós comigo, dentro do meu quarto!

Como diabos eu podia pensar quando tudo que queria era tirá-lo dali aos chutes?!
Ou quando eu queria torturá-lo a me dizer tudo para que pelo menos eu pudesse entender?!

Era cruel demais precisar engolir tudo, sem que ele tenha me dito seus reais sentimentos por mim nenhuma vez. Eu gostava de acreditar que ele simplesmente gostava de fingir ser esse cara misterioso só pra deixar as pessoas ao redor loucas. Mas, eu o conhecia bem o suficiente para dizer que era puro charme. Eu não cairia naquilo novamente (desde que o perfume dele ficasse longe o suficiente de mim).

"Melhor começar logo isso..." disse ainda com os pensamentos invadido pelas lembranças e sem realmente olhar para ele. Sentei-me numa cadeira e ofereci a outra a ele, com um tapinha. Foi realmente bom vê-lo levantar-se da minha cama e sentar ali. Deveria ser contra a lei deixar alguém invadir seu refugio da dor. Eu lembraria dele sentado ali todas as noites, sabia disso e doía saber.

"Era o que eu ia sugerir" ele disse sorrindo, pegando a cadeira do outro lado e colocando ao meu. Eu podia sentir perna dele colada na minha. "E eu sugiro que você se afaste" disse olhando nos olhos com o máximo de confiança que consegui reunir. "Ou...?" ele me desafiou, sorrindo e olhando fundo nos meus olhos. "Ah, saí daqui, Vinc!" o empurrei e ele continuou sorrindo. "Você não me chama assim há muito tempo..." fiquei surpresa de saber que ele havia notado.

Dei de ombros quando percebi que ele não iria sair de perto. Tentei ver pelo lado positivo: era bom mesmo pra mim para me acostumar com ele por perto. Mas, acreditem, era muito difícil observá-lo de canto e não sentir vontade tocar os lábios dele, ou a nuca dele, ou de enterrar meu rosto na curva do pescoço dele.

Para evitar qualquer reação da qual eu ia me arrepender, puxei o notebook e o abri. Começei nossa pesquisa sobre o dualismo mundial da guerra fria. O trabalho era uma análise desse tema para apresentar à todos da turma em forma de debate entre a dupla. Para mim e ele seria bem simples, já que um deveria defender um lado e o outro, o oposto. Nós dois estavamos treinando isso há muito tempo.

Quando o céu já estava escurecendo e nós já tínhamos lido todos os textos mais interessantes sobre o tema, eu me virei para ele e sorri. Afinal, não tivera sido a tortura que pensei que fosse. Na maioria do tempo nós conversamos sobre o tema de força divertida e eu sempre gostei de discutir com ele, de alguma forma. Percebi, por fim, que estava com saudades dele. Mesmo o vendo todos os dias.

Eu sentia falta do meu Vicente. Aquele que sentava no fundo da sala e conversava apenas comigo. Do jeito como ele ria e como tocava minha mão as vezes e esquecia de soltá-la. E só então percebi que meus dedos tinha ido automaticamente para a nuca dele enquanto eu lia, deslizando sobre seu cabelo e ele fechava os olhos quando isso acontecia. Eu retirei a mão. Ele abriu os olhos. "Eu gosto, continue..." e fechou novamente. Eu não me mexi. "Eu não ligo se você gosta, é só uma mania". Ele me observou nos olhos. Era o mesmo olhar de quando eu o conheci. "Eu sei que é... Você faz isso no Maximiliam o tempo todo".

Minhas sobrancelhas deram outro salto. Ele havia percebido aquilo? Desde que ele havia me magoado tanto, a única pessoa de quem eu havia me aproximado havia sido o Max. Ele era como eu, alguém cheio de defeitos e que gostava de fazer piadas na aula; que fumava no intervalo dentro do banheiro feminino enquanto escutava todos os meus problemas; que me ligava às quatro da manhã para ver se eu estava acordada e eu sempre estava; ele era meu melhor amigo em todo aquele colégio desde que tudo aquilo começou. Alguém como eu, para me ajudar a esquecer quem nada tinha haver comigo. E ele fazia um ótimo trabalho até o Vicente resolver me dar atenção...

Enquanto as lembranças invadiam minha mente, Vicente ficou me observando. "Você gosta dele, não é?" eu voltei confusa a realidade. "Dele quem?" Vicente respirou fundo e disse lançando ar no meu rosto "Do Max. Eu vejo como vocês dois ficam juntos... Parecem se gostar muito". Eu sorri sem querer. Não sabia se era impressão, mas o modo como ele disse aquilo dava a impressão que estava com ciúmes. Eu podia brincar com isso. "Max é meu melhor amigo, eu o amo muito". Ele ficou calado ao receber aquela informação, olhando para a madeira da mesa.

Eu poderia dizer que o magoei ao dizer aquilo e que doeu o fazer. Mas, eu estaria mentindo. Senti um prazer imenso em vê-lo daquele jeito. Ele nunca se importou com os meus sentimentos, então eu não pouparia os dele. Aquilo que se faz, é aquilo pelo que se paga, como dizem por aí. Eu já havia sido magoada o bastante, agora era a vez dele.

"E... Você me ama também?" ele perguntou incerto, ainda olhando a mesa. Ops... Por aquilo eu não esperava. O quê? Por que ele estava perguntando aquilo, agora? "E importa?" respondi com desdém. Ele se importava com os meus sentimentos desde quando?

"É claro que sim, Annelisabeth!" ele me olhou nos olhos ao dizer aquilo. Surpreendeu-me ele soubesse meu nome. Afinal, ele era enorme e todo mundo me chamava de Anne o tempo todo. Só então eu percebi que ele sabia muito sobre mim... Mais do que eu gostaria que soubesse. Ele foi meu melhor amigo por apenas dois meses e me encantou como nenhum outro havia conseguido, e por mais que eu tentar-se, todas as vezes que sentia o perfume dele, eu sentia vontade beijá-lo, de abraçá-lo e não soltar mais. Por mais que eu tentasse me enganar, eu sabia que ainda gostava dele do mesmo jeito que antes. Só era orgulhosa demais pra admitir.

"Bem... Nós acabamos por aqui". Eu disse após alguns minutos o encarando. Eu não iria admitir nada. Ele também não, pelo visto, então o ideal era mudar de assunto. "É... Acho melhor eu ir pra casa". Eu estava sonhando tanto com aquele momento que nem percebi que poderia doer. Meu único tempo a sós com ele estava acabando e eu não havia perguntado nada daqueles ensaios que fiz todas as noites antes de dormir. Parecia que eu não teria outra oportunidade.

Talvez fosse melhor assim.

Ele se levantou, me olhou novamente e caminhou em direção à porta. Caminhei atrás dele até o fim das escadas. Observei que a bagunça havia sido arrumada e um bilhete deixado sobre a mesa. Os gêmeos e Lúcia estavam me convidando para um sorvete com eles no parque quando terminasse com o menino. Sorri e aceitei mentalmente. Vicente leu o bilhete por cima do meu ombro. "Você nunca me falou que tinha irmãos". E você nunca me falou nada sobre nós, sempre me deixando com milhares de dúvidas e indo embora como está fazendo agora... Eu quis responder, mas simplesmente sorri. Melhor deixar pra lá.

"Acompanha-me até lá em baixo". Ele disse, e não era um pedido. Eu fechei a porta e concordei, afinal era lá que os gêmeos me esperavam. Assim que o fiz, ele me segurou pelo pulso e me arrastou para o corredor oposto ao das escadas. Ali, onde ele me levou, ficava a porta para as caixas d'água do prédio. Havia um pequeno lance de escadas ali. Ele me fez subir todos os degraus.

"Vicente, o que diabos você está fazen..." eu não pude concluir minha fala. Ele me virou de frente a ele, segurando os meus ombros. Então eu entendi o que ele estava fazendo. O rosto dele parecia torturado por uma idéia. Eu percebi as olheiras abaixo dos seus olhos, indicando que ele parecia ter passado muito tempo pensando naquilo. A barba por fazer também indicava aquilo.

Então ele me olhou intensamente nos olhos como havia feito o dia todo. E eu finalmente entendi por que. Apesar de uma parte de mim querer correr dali, a outra precisava ficar. Eu havia feito uma promessa para mim mesma uma vez e precisava cumprir, mesmo que para isso precisa-se me submeter a tal atitude.

Ele retirou uma das mãos do meu ombro e acariciou o meu rosto. Eu fechei os olhos. Ele nunca havia feito aquilo. Era suave e delicado, especialmente vindo dele que era sempre um tanto arrogante e mal conseguia abraçar alguém direito. Ele retirou a outra mão dos meus ombros e colocou-a na curva das minhas costas, me puxando para mais perto. Ele era bem mais alto e eu precisava ficar na ponta dos pés para alcançar a curva do pescoço dele e descansar minha cabeça ali.

O perfume dele invadiu meus pulmões.
Era meu preferido.

"Eu sinto sua falta..." disse baixinho, sem conseguir controlar minha boca, como costumava acontecer. Ele me puxou para mais próximo dele. "Eu também". A voz dele saiu rouca. Então ele me libertou um pouco do aperto, e puxou meu rosto para observar os olhos dele.

De alguma forma todas as minhas perguntas pareciam respondidas ali.

"Então você me ama?" ele perguntou e naquele instante, eu decidi que era hora de falar tudo. "É claro que amo, eu sempre te amei, Vinc! Desde a primeira vez em que..." e ele me interrompeu.

Porque naquele momento os lábios dele não me deixaram concluir.

Ele pressionou sua boca contra a minha. As mãos dele seguraram minha cintura e me puxaram violentamente para o mais próximo possível. Os lábios dele era suave e urgentes nos meus. Minhas mãos foram levadas aos cabelos da nuca dele e eu o acariciei ali, enquanto o beijo dele se tornava mais leve. Eu sempre quis beijá-lo daquela maneira. O tempo passou e os lábios dele continuavam nos meus. Às vezes, ele se desesperava quando me sentia desistir e me puxava para mais perto, me beijava mais forte.

Eu tinha a impressão de que ele desejava me colocar no bolso e sumir enquanto o fazia.

Só então eu entendi que ele também me amava, tal como eu o amava. Também entendi que ele sofreu, como eu sofri. Entendi que ele namorava minha melhor amiga, porque eles dois tinham tudo haver e que nós dois nunca daríamos certo juntos, após tudo que já havia acontecido. Entendi que talvez se eu tivesse chegado antes, valeria apena lutar, mas que agora já era uma causa perdida... Afinal, o ano estava acabando e breve nós dois nos separaríamos de novo.

Tudo isso, sem que ele precisa-se dizer uma palavra.
Aquele era sem dúvidas o melhor beijo da minha vida.
Eu sabia que nunca mais me sentiria tão amada e desejada como naquele momento por todo o tempo que vivesse, e mesmo sem tê-lo, eu o amaria para sempre.

Porque ele fez por mim aquilo que nenhum outro rapaz havia feito: Ele me ensinou que amar, não significa estar junto, mas saber vez a felicidade do outro e estar feliz com isso. Mesmo que isso significa sacrificar seus próprios sentimentos. 

...


NOTA DA AUTORA; se você chegou até aqui, por favor me ajude: estou pensando em transformar isso em livro, que acham? 

33 comentários:

  1. aiii, que liiiiiiiiiindoooo...

    AMEI ♥

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  2. ta, e esse final? :( escreveu minha filosofia de vida ali!!
    transforma siiiiiiiiim, ilzy! *-* TA MUITO LINDO

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  3. "Eu sentia falta do meu Vicente. Aquele que sentava no fundo da sala e conversava apenas comigo. Do jeito como ele ria e como tocava minha mão as vezes e esquecia de soltá-la. [...] E você nunca me falou nada sobre nós, sempre me deixando com milhares de dúvidas e indo embora como está fazendo agora..."

    é sempre tão horrível quando uma pessoa muda de uma hora pra outra, te confundindo a mente, te embaralhando toda uma imagem que tinha dentro de si. foi inevitável me identificar com esta parte.

    serio, descreveste todas as sensações mais agoniantes e as mais deliciosas do amor com maestria.

    e agora eu é que peço, por favor: escreva o livro; para o nosso próprio bem, teus leitores fãs e admiradores que, pelo menos, eu sou.

    adorei, muito.

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  4. Nossa Incrível! Muito lindo mesmo!
    Eu acho que você DEVE transformar em livro, você tem um talento fantástico!

    Parabéns!

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  5. Nossa ficou fantastico! Muito bem escrito e uma historia envolvente! O livro será um sucesso! rsr bjus

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  6. amei seus contos e olha que descobri eles faz pouco tempo. acho que você deveria sim transforma-los em livro, pelo menos eu posso te garantir que eu compraria pelo menos uma copia :D ! Parabéns pelos contos. Tudo de melhor pra você :D

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  7. eu também compraria e e seria uma leitura maravilhosa. Parabéns

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  8. que LINDO, Ilzy! História linda, eu ameeeeii!!
    fiquei imaginando as cenas ^^
    se der pra transformar em livro, uhu, aproveeita! :D tá maravilhoso.

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  9. Muito lindo mesmo! Com certeza iria comprar se você o transformasse em livro.

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  10. Amei, texto super lindo. Tranforma em livro sim. Eu adoraria ler (: Tranforme todos os seus contos em livros.

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  11. Tem meu apoio total quanto a transformar esse conto num livro. Na verdade eu sonho em encontrar livros seus nas livrarias. Vc escreve muito bem, mesmo!

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  12. nossa, adoraria ler um livro assim *-*
    e sempre é muito dificil quando os opostos se atraem, mas não podem estar juntos. mas rende uma boa história.

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  13. Eu fiquei fora de mim lendo, eu com certeza leria cada linha com urgência. E, honestamente, eu achei imeeeenso quando vi, mas lendo, pareceram, sei lá, umas cinco linhas, da vontade de ler mais e mais, e se você conseguisse fazer um livro dessa historia, nossa, seria um grande trabalho '-'

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  14. Foi a coisa mais perfeita que eu li. É sério, eu amei! E me inspirou a escrever uma história, eu também amo escrever, é meu hobby. Transforme em livro, isso é LINDO.

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  15. " Ele me ensinou que amar, não significa estar junto, mas saber vez a felicidade do outro e estar feliz com isso. Mesmo que isso significa sacrificar seus próprios sentimentos."

    Nossa que talento! Adoreei esse conto você deve transformar em livro sim, apoio totalmente!!

    Conto envolvente muito bom, o melhor e imaginar cada coisa descrita.

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  16. Me falta palavras pra descrever o quanto esse conto mexeu comigo, o quanto ele é lindo. Mergulhei na personagem, e de certa forma até consegui sentir a dor dela. Tanto que na hora que ele a puxa para perto de si, lágrimas brotaram dos meus olhos. Perfeito! Merece virar um livro com toda a certeza.

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  17. É incrível a forma que você usa as palavras. Gostei muito desse conto. Transforme em livro.

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  18. É claro que você deveria transformar em livro!Ficou muito bom mesmo!Eu seri a primeira acomprar.O único problema é que isso me faz lembrar muito da minha vida,e infelizmente minha história não vai acabar que nem essa.Isso prova como seus contos são verdadeiramente reais.

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  19. Este comentário foi removido pelo autor.

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  20. Esse conto nem parece ser longo, é como se eu tivesse esperando que não tivesse fim, era o que eu queria, se virar livro, com toda a certesa terei ele em minha estante (:

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  21. Extremamente perfeito. Com certeza você deve criar o livro (:
    eu adorei seu blog , se quiser da uma passadinha lá no meu http://escrevendopensamentossoltos.blogspot.com/

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  22. Muito lindo esse conto.
    Se virar livro eu compro (:

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  23. Nossa, você escreve muito bem (:
    Se virar livro eu compro também rs

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  24. Muito bom! Amei! Espero que vire livro sim! Parabéns pelo blog e pelos contos emocionantes!

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  25. Caramba Ilzy.
    Sinceramente, você acertou no meu ponto fraco... E eu não consegui impedir meus olhos de derramar algumas lágrimas. Parabéns garota :)
    Vou concordar com as meninas, se virar livro serei a primeira a comprar.

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  26. Ilzy sem sombra de dúvidas vc é a melhor e sei que vou ser o primeiro a comprar quando for lançar seu livro ! esse seu conto nos arrebata para outro mundo onde uma menina complicada se apaixona por um menino brilhante, vc soube abordar todos os pontos nesse seu romance , Parabens !!!

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  27. Peerfeito *-* Muito,muito,muito lindo (:

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  28. Tu descreveu uma fase da minha vida nesse conto. Perfeito e doloroso.

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  29. Nossaaaa, adoreii *--* o final é mt parecido comigo !! Siim siim, transforma em livro, ameeeii <3

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