(A)os tempos por vir

Pra ouvir: Enjoy the silence - Depeche Mode 

; É que tu me vem assim, como o que vem após um ponto e vírgula, que vem após uma  pausa-um-pouco-maior no tempo das coisas tristes, dos amores sem sucesso e da solidão de não se sentir em casa em lugar algum.

Sabe, esse frio veio dar atestado que preciso do teu abraço aqui e trouxe com a brisa a tempestade que tu fez nas minhas vontades e decisões com aquelas algumas horas na minha lembrança, mas que fez mesmo qual tempestade e acalmou o (meu) mundo após a confusão.

Acredite, eu queria sim te deixar segurar além das minhas mãos, da curva da minha cintura e daquelas mil lembranças que não conseguia deixar de partilhar contigo.

Só que eu tinha desistido como te avisei.

Por sorte, eu não fui capaz de desistir de ti.

Sou sim mais fraca contigo, porque eu me torno menos forte pra partilhar contigo da força que temos juntos. Porque pra ti, nasceu um eu que só vem quando teu riso ou perfume me atinge. Um tanto mais suave, mais delicada, mais calma, menos chata, menos irônica numa coleção de mais e menos toda tua, assim como eu.

Tenho gostado do norte que a bússola do acaso vem me apontando, desses novos tempos de calmaria, dos risos que me roubas com mensagens na madrugada, desses risos meus que ninguém vê, mas que tu e eu sentimos e tenho gostado mesmo dessa coisa sólida ainda sem nome se formando em mim sempre que penso em nós. Uns dizem ser amor, eu penso em algo melhor.

E já que sou especialista em pontos finais, nós dois vamos começar assim, com ponto e vírgula, que é pra sempre que eu quiser finalizar, que eu coloque apenas uma pausa maior no começo de algo novo e melhor, como agora;