Qual a coisa mais incrível que você já fez?

06 fevereiro 2011 /


 Como venho indicando trilhas sonoras nos últimos contos, este é pra ser lido ao som de
“Mardy Bum – Arctic Monkeys” bem baixinho...

Pequenas gotas de chuva contra o vidro.
Pés calçados contra o vidro.
Cada um de um lado.

Os olhos dourados da menina refletiam um céu azul escuro de fim de tarde mesclado ao pouco vermelho amarelado forte que restava do sol. Ela repousava a cabeça sobre um dos seus braços enquanto deitava desconfortável em dois bancos do ônibus e observava o céu e suas pernas com jeans apoiados no vidro.

O cobrador via, o motorista também, mas nenhum dos dois disse nenhuma palavra. Era fim de expediente e ela não era uma baderneira, dava pra ver. Estava com malas embaixo do banco. Parecia de mudança.

E estava.

Vinda de uma cidade que ficava há uma hora daquela, tudo que a menina queria agora era chegar logo aquele apartamento que agora chamaria de casa, jogar-se na cama empoeirada e dormir. A última coisa que queria pensar era que no outro dia, bem cedo, acordaria e precisaria ir à nova escola. Queria dormir, isso sim. Só não havia feito aquilo ali mesmo porque estava com suas malas e a voz de sua mãe nervosa gritava nos seus neurônios todo segundo: "Tenha cuidado, pelo amor de Deus, menina!"

Ela colocou uma das pernas sobre a outra, ainda apoiadas no vidro. Puxou os fios do seu longo cabelo castanho para fora do banco e começou a desviá-los com a mão que restava. O céu estava bonito, mas passava rápido e mal dava pra ver. Tanto faz, quando vamos chegar?

Mais uma vez o ônibus freou por alguns minutos em uma parada qualquer. Não a dela, não ainda. Mesmo que não pudesse ver, pois o banco a frente impedia a visão, a menina ouviu os passos de alguém embarcando. Cumprimentou o motorista e o cobrador, passou pela catraca, depois caminhou lentamente até o fundo do ônibus. Parou em frente ao banco onde ela estava deitada.

"- Os vidros do ônibus não foram feitos para apoiar os pés, moça." Disse um homem numa voz autoritária e rígida. Que ele queria, afinal? O ônibus estava vazio, ele que escolhesse qualquer outro lugar. Só então ela abriu os olhos novamente e percebeu um pequeno fato: ele estava fardado.

Num sobressalto, tirou os pés do vidro, sentou-se e o observou com os olhos dourados saltados de medo: "- Desculpe, senhor, eu não queria..." disse nervosa sem saber o que dizer, na verdade. Mal havia chegado e já estava arrumando problemas? Tsk, tsk.

Só então percebeu que ele estava sorrindo.
E que ele não era bem um homem.

Vestia o completo traje típico do exercito, incluindo as botas sujas. Aquele marrom-barro camuflado e um cap lhe cobriam os olhos. Mas, tinha um rosto jovem. Parecia um rapaz de no máximo vinte e poucos anos. "- Pelo visto esse uniforme ainda assusta menininhas" ele disse, ainda divertindo-se com o susto dela. Sentou-se no banco ao lado. "- Boa noite...?" Disse fazendo menção de saber seu nome e estendeu a mão em direção à barriga dela.

Sem entender absolutamente nada daquilo, ela apertou a mão dele dizendo baixinho o próprio nome: "- Miriam", ele apertou a mão dela com uma força anormal e sorriu satisfeito. "- É um prazer, Miriam. Chamo-me Paulo" e depois disso, ela o viu colocar um enorme saco militar de viagens no chão ao lado.

Não quis mais saber, aquilo estava estranho demais. Desde quando soldados eram tão simpáticos e amistosos?! Ela virou o rosto para o vidro e fixou seu olhar ali, imóvel. Só podia ser alguma piada sem graça. 

"- Então, Miriam... Como vai?" ela escutou, mas não virou-se pra responder: "- Bem, obrigada." e usou um tom que encerra conversas. Ele percebeu. Ficaram alguns minutos calados, apesar de ele observá-la de vez em quando. Ela podia sentir a perna enorme dele quase se encostando à sua, mas não arriscou nenhum olhar. 

"- Olha... Sobre o vidro, eu só estava brincando, ok? Você precisava ver sua cara..." e quando ele já ia começa a rir de novo daquilo, ela o mirou com rancor. "- Você não é soldado? Deveria ter um pouco mais de postura." ela disse bem ácida. Ele notou, deixou uma das sobrancelhas cair: "- Bem... Eu estou de dispensado agora. E foi só uma brincadeira. Sinto muito se te ofendi senhorita." Agora sim ele usou um tom oficial. E triste. Parecia magoado.

Engraçado! Ele a assusta ao preço do prazer próprio e ainda se sentia vítima quando ela comentava que ele deveria crescer. Quem esse cara era? Soldado é que não parecia nenhum pouco! Deveria ter sido expulso, no mínimo.

"- Pra ser sincero..." ele começou a falar novamente, quando a viu revirar os olhos e mirar novamente o vidro do ônibus. Ele não ia calar a boca? Pelo visto não... "-... Eu não sou bem um soldado. Na verdade, estou estudando Medicina e estava numa missão da ONU, sabe? acabei de chegar do Haiti..."

Só então a ficha da menina caiu. Ela o olhou como se fosse à primeira vez e arqueou as sobrancelhas. Médico?! Haiti?! Meu Deus, que mundo! O rosto dela suavizou ao saber. De um modo estranho ela acreditou no que ele falava. Claro que poderia ser algo inventado e ele ainda podia ser só um soldado arruaceiro que fora expulso, mas era bem melhor acreditar naquela versão. Especialmente quando se lia no uniforme dele "Dr. Soares, O+".

Vendo que a expressão dela estava suave, ele sorriu com leveza. "- É bem crítica a situação por lá, achei que pudesse fazer alguma coisa, tranquei o curso por algum tempo e peguei um avião do exército..." ele sorriu ainda mais leve, só que parecia muito cansado.

Estava com a barba por fazer e dava pra ver que havia raspado o cabelo dele que começa a crescer. Pelas sobrancelhas dele, ela percebeu que era de um negro lindo e liso. Já fora muito bonito pelo visto. Os olhos dele era negros como a noite e a pele estava bronzeada. Ele tinha uma beleza bem comum, mas um charme muito marcante. Dava vontade de ficar olhando por muito tempo, especialmente quando ele sorria cheio de dentes brancos.

"-... Bom, meu pai odiou a idéia, sabe como é? Ele é comerciante e não entende que eu talvez pudesse ser de muita ajuda por lá que é tão longe. E minha universidade me deu um ultimato, então eu tive que voltar agora para continuar meu curso." Ele concluiu, só então percebendo que ela o fitava intensamente. Miriam não fazia idéia do que dizer a ele.

Ela tinha dezessete anos e a coisa mais incrível que já tinha feito na vida fora ajudar a avó a travessar à rua uma vez. E a velha nem precisava de ajuda. Ela piscou os olhos algumas vezes e mirou os próprios pés. Aquele sim era uma pessoa incrível e tinha histórias pra contar. De repente uma vergonha estranha se apoderou dela. Mais uma vez ela não queria olhá-lo.

"- Er... Então, Miriam, você mora aqui mesmo?" Ele quis puxar conversa, mas ela ainda estava envergonhada e não respondeu. "- Olha, eu sou médico, mas só estava tratando fraturas. Não tenho nenhuma doença contagiosa, prometo." Ela o observou nesse momento. Como ele podia pensar que ela estava pensando nisso?! Mas, o viu sorrir novamente com sua expressão.

Ele era um piadista e pelo visto, ela era sua vítima da noite.

Ela simulou uma risada sem qualquer vestígio de humor e disse: "- Que engraçado que você é, Paulo..." Ele parou de rir e depois a viu sorriu mais calma. Ele não parecia ser má pessoa e já havia espantado todo seu sono. Porque não um pouco de conversa? "- É, eu moro aqui sim, a partir de agora. Estou indo terminando o colegial."

Ele a observou por alguns minutos e sorriu: "-Seja bem vinda, então! Já decidiu para que vai prestar vestibular?" e então eles começaram uma conversa despojada. Aos poucos, ele se mostrou bem mais humano que qualquer pessoa diria de um médico-soldado e também o mais bonito de todos os rapazes que Miriam havia conhecido até então, mesmo com a aparência tão mal tratada. 

Só então o ônibus freou numa outra parada. A dele, pelo visto. Paulo olhou a porta se abrir e um suspiro cortou seus lábios. Ele realmente estava gostando de estar ali. Miriam o observou e quase foi corajosa de pedir para ele ir até a sua parada com ela, mas achou que seria muito tolo de sua parte. "-Bem... Eu desço aqui." Ela assentiu tristonha. "- Você... Você podia me dar seu celular, algo assim." e então ela o viu quase corar em meio aquele bronzeado.

Sorrindo meio boba, ela citou o número enquanto ele digitava os números no seu aparelho. depois, guardou no bolso e sorriu, levantando-se e pegando sua mala. "- Muito bom te conhecer, Miriam." Ela sorriu também, triste e satisfeita ao mesmo tempo: "- Digo o mesmo, Paulo."

Então ela o viu caminhar para os degraus da saída. "-Ei, espera!" ele disse voltando, colorando o cap na cabeça da menina e curvando-se para dar um pequeno selinho nos lábios dela. "- Fique com isso" e pulou para fora do ônibus.

Balançando o celular numa das mãos ele ficou observando o ônibus partir enquanto seus lábios soletravam "eu te ligo!" e ela riu envergonhada e divertida. "Eu vou esperar..." falou bem baixinho e puxou o cap para cobrir seus olhos envergonhados.

A próxima era sua parada.
E ela estava começando a gostar daquela história de pegar ônibus.

Eu conheci um cara perfeito num ônibus.





NOTA DA AUTORA; Bem, cumprindo minha promessa, tentei ser o mais leve possível nesse conto. Espero profundamente que gostem meus lindos! Obrigada por sempre estarem por aqui e pelo carinho. Vocês sim são incríveis.
E já que eu comecei fazendo isso, vou terminar também: qual a coisa mais incrível que já fizeram? A minha foi aprender a ler! Abriu-me um milhão de mundos. Comentem aí!


18 comentários:

  1. ah, e dessas paixonites de ônibus eu já sou profissional (:




    sobre tua pergunta: acho que foi meu primeiro amor; me joguei com tudo num amor totalmente platônico e que não tinha nada pra dar certo, e realmente não deu; mas apesar disso, além dele agora ser um grande amigo e conselheiro, realmente descobri quem eu sou de verdade, foi uma aventura de auto-conhecimento totalmente inédita e altamente recompensadora, de algum jeito.

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  2. Muito lindo seu texto. Ah, e eu não sei ao certo, mas acho independente do que eu fiz o que eu posso fazer ainda vai me acrescentar bem mais. (:

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  3. Que lindo! rs, bem leve mesmo...

    Em relação a sua pergunta: Entre muitas coisas, boas e ruins,a que me fez crescer e ver realmente como o mundo e as pessoas são foi superar -sozinha- o trauma do bullying na escola(a fase mais triste da minha vida-até agora). sabe como é, a garota da cidade grande -morava em SP, capital- se muda para o interiorzinho do nordeste e as meninas que nunca viram nada de extraordinario resolvem infernizar a novata- que não conhece nada ali- e algumas que se aproximaram foi só pra tirar proveito da amizade com a menina que veio da cidade em que elas desejam morar. Mas dei a volta por cima: ignorei, conheci pessoas e fiz amizades incriveis e o melhor de tudo sou feliz (na medida do possivel)e elas? Bom, umas estão casadas(sofrem pra caramba- desculpe a palavra)outras heheh não valem nada e uma pequena parcela criaram jeito de gente(me disseram. Sera?). Só que o que me ajudou bastante foi a redescobrir a leitura (quando criança gostava muito de ler, só que por causa das amigas e joguinhos eletronicos perdi o abito) só que agora é diferente, sempre tenho um livro em mãos- chamo lhes de meus amigos favoritos. Talvez esse seja o motivo e minha fé tb de eu não ter entrado em depresão profunda.
    De qualquer maneira esse triste fato foi de um belo aprendizado para mim, porque hoje procuro sempre me aproximar de pessoas que se mostram boas e gentis, que te olham a alma e não o dinheiro, cansei de hipocresia. Ufa basta por aqui.

    Bjs *-*
    Adoro teus textos.

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  4. Oi Ilzy. Sou leitora do Depois dos Quinze e me apaixonei por um dos seus posts, o que fala sobre último ano do ensino médio, faculdade, a profissão perfeita e etc. Devo dizer que foi um dos posts daquele site que eu mais amei e me identifiquei. Então resolvi vir aqui te pedir um conselho, espero não parecer folgada ou atrapalhá-la... mas enfim: Sou LOUCA por música, meu maior sonho é cantar, e ver uma multidão de gente cantando minhas músicas comigo, não é só pelo fato de ter fama ou dinheiro sabe? É realmente uma coisa que gosto, uma coisa que espanta meus problemas, e por gostar tanto disso acabo cantando qualquer música, até aquelas infantis me dão prazer, pelo simples fato de cantar!
    Mas também tenho um blog, e gosto de escrever, as vezes me falta inspiração, e não chego a escrever textos tão lindos quanto os da Bruna (dona do DDQ) ou os seus, mas consigo passar meus sentimentos e ideias através das palavras.
    Enfim... meu problema é o seguinte, sei que a carreira artistica não é nada estável, hoje posso ser famosa e amanhã simplesmente ser esquecida pelo publico, o que de fato seria um problema já que sem isso eu não teria como me sustentar. Então pensei em cursar jornalismo na faculdade, como ja escrevo e tenho bastante contato com blogs, de certa forma isso pode me ajudar; mesmo não sendo a profissão dos meus sonhos! Entao quero muito te pedir uma opinião, o que acha sobre tudo isso, e o que faria no meu lugar? Espero de todo o coração que você possa me ajudar!

    Sobre seu post (até parece que eu viria ao seu blog, falar sobre meus problemas e não prestaria atenção no seu trabalho né?), adorei seu conto, é o primeiro que leio, mas pretendo procurar alguns antigos, e continuar visitando seu blog... esse conto me pareceu aqueles romances em que nós leitoras, ficamos loucas para saber o que acontece e como acaba. Vou adorar se puder continuar o conto!

    Obrigada pela atenção, me identifiquei muito com você! E parabéns pela aprovação na Universidade, boa sorte.

    Obs.: Tô seguindo seu blog! beijos :*

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  5. Sempre sonhei com uma paixão no ônibus {já que esse é meu meio de transporte algo interessante poderia acontecer não é?! haha}

    A coisa mais incrivel que eu ja fiz? acho que foi entra na faculdade, as aulas nem começaram ainda e eu nao sei se me acostumei coma ideia, mas com certeza foi a maior coisa da minha vida. Fora isso tbm foi descobrir o quanto os livros me fazem bem. Se não fossem pelas tantas historias lidas eu nao seria quem sou hoje. Aquela coisa de se esconder nos livros funciona muito bem comigo, até pq não o tipo de pessoa descontraida e rodeada de amigos.. haha

    beijos

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  6. EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ É MARANHESE. Eu também sou e acredite nunca poderia imaginar que uma menina de São Luis do Maranhão conseguisse tanto reconhecimento e escrever textos belissimos. Não subestimando a cidade mas as pessoas aqui parecem cada vez mais fúteis. Desculpe o desabafo mas realmente estou muito surpresa e orgulhosa(até perdi o sono). Saiba que tens uma leitora assídua de São Luis que adora os seus textos.

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  7. A coisa mais incrivel que ja fiz foi jogar tudo pro alto (familia, trabalho, amigos, amores) e ir morar do outro lado do mundo com o meu pai. Estou no Japão ha 5 meses.
    E no geral, estou me descobrindo e aprendendo tudo o que não aprendi com o meu pai na adolescencia,(ele mora aqui desde os meu 6 anos). Mas principalmente, estou tirando o peso que carregava nas costas por mto tempo: a de que meu pai só esta aqui para me sustentar no Br, hoje sei que ele esta aqui pq quer!

    Beijos

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  8. Muito interessante o blog !
    Deixo o meu aqui caso queira dar uma olhada, seguir..;

    www.bolgdoano.blogspot.com

    Muito obrigada, desde já.

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  9. Quando li o título do post, a primeira coisa que me veio a cabeça foi: a coisa mais incrível que já fiz foi aprender a ler! Quando terminei de ler, vi sua nota e percebi que foi a mesma coisa que você!
    Hahaha.
    Adorei seu blog e vou escrever sobre isso lá pro blog também!
    Beijo.

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  10. Escolhi aleatóriamente um texto para ler, e pensei "se me identificar começo a seguir" e adivinha? O texto parece que foi feito para mim... adorei!

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  11. Aaaaaaaaaaa... que liiindo! Nunca dei sorte no ônibus :( Mas a coisa mais incrivel que eu fiz até hoje foi.. não sei! Acho que ainda não fiz nada incrivel!

    Maaas, eu já pedi ao gerente de uma loja pra abaixar o som da propaganda porque eu estava estudando no shopping ao lado! Ele abaixou!!! hahahahaha

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  12. A coisa mais incrível que eu já fiz foi parar de tentar ser quando o que eu mais queria era me tornar.

    Esse Paulo é estranho, não sei... Ou só eu que posso ser muito conservadora

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  13. iLzy nem sei o que fiz de mais incrivel, acredito que ainda estar por vir! rs
    Hoje em minha vida uma das maiores alegrias foi descobrir meu dom para o desenho e escrever...

    "Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens.
    Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse sempre a novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias."
    Clarice Lispector
    com certeza se eu não escrevesse eu realmente morreria...

    Seus contos são ótimos, coisas de quem tem uma imaginação fertil eu imagino cada conto como a personagem principal e vc parece que escreve os diversos contos que se passam em minha cabeça quando me deitoo. O legal que lê seus contos me fazem feliz fico até sorrindo na frente do Pc.

    ilzy lute para publicar seu livro eu compro \o/

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  14. Gosto dessa história dos vizinhos de paradas de ônibus. Tão próximos e tão distantes. A narrativa foi me envolvendo aos pouco com um final que me emocionou. Ficamos torcendo por um final feliz dos personagens assim como nos comportamos com os amigos. Esses encontros casuais recheados de fantasia e beleza ganham força na simplicidade do amor pelo encanto de boas ações, um presente romântico de algo que tem uma importância(como é o nome, cap?).foi o que mais me agradou. Realmente conseguiu nesse texto uma fotografia visual de um feliz romance. Ate eu lembrarei pra sempre por que nao quero esquecer essa lição de esperança. Abraços serenos!

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  15. No comentário anterior esqueci de comentar o titulo, não disse a coisa mais incrível que ja fiz, porque realmente nao sei qual foi a coisa incrível, mas ja fiz muitas coisas que trago na memória. Destacaria um momento feliz que foi 72 horas de uma conversa muito surreal, o final nao foi da forma que eu queria, mas sinto como um dos momentos de força e beleza por sentir quanto fantástica é a vida.

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  16. tô aqui caçando textos seus que eu não li e faleci com esse. uma coisa que me impressiona MUITO é o modo como voce consegue relacionar as imagens com o texto, sabe? eu sou bem ruinzinha nisso ;x hehe
    adorei, médico ainda? PFSDKAPFK *-*
    e sobre o que voce perguntou, eu acho que vou ter que concordar contigo e dizer que quando eu aprendi a ler (e também a nadar, só que nadar foi um pouco menos 'maravilhoso') eu me fascinei!
    beijos, ilzy, continue escrevendo! :*

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  17. Ilzy, a coisa mais incrível que já fiz foi começar a escrever e seguir meu sonho . Nem sei se tu vai ler, mas quero deixar registrado que teus textos me inspiraram à deixar de lado o que os outros tanto falam e escrever. Obrigada (:

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  18. Que conto bonito! Gostei! :D E quanto a sua pergunta, a minha resposta é a mesma que a sua. Depois que aprendi a ler e amar os livros viajei para vários lugares e conheci várias pessoas interessantes. :)

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