O miocárdio de (um rapaz de) biblioteca.

23 setembro 2010 / Tags:


"Silêncio!" Dizia o cartaz na entrada do local com a foto da Sra. Rodrigues fotografada com muito pó de arroz, seus cabelos grisalhos presos para trás num coque antigo e seu dedo gorduxo e enrugado empunhado à frente do batom muito vermelho e borrado. Apesar da aparência cruel, ela era uma mulher simpática. Com alguns.

Aquela imitação não chegava aos pés da bela moça do hospitais, mas já ajudava no propósito para qual fora feito: Mostrar que ali não era lugar para conversas. A Sra. Rodrigues, vestida com seu terninho azul-claro típico, encontrava-se ali atrás do balcão, como sempre, com mais um romances entre os óculos meia-lua.

Foi quando ele adentrou.

Tinha tanta intimidade com o local que simplesmente adentrou, seguindo diretamente ao aglomerado de estantes da ala Norte. Retirou o casaco ainda caminhando, colocou-o no ombro e arrumou os óculos na face com a outra mão. Pareciam ter um grau médio, não forte, mas necessário para saber onde as coisas estavam sem embaços.

Percorreu toda uma fileira de livros empoeirados com o dedo indicador colado ao dedo médio. Fez isso por alguns minutos e algumas estantes. Quando o dedo já estava devidamente sujo, encontrou o que procurava, parando bruscamente ali no meio da fileira. Com a habilidade que somente pode ser adquirida pelo hábito, retirou o livro de capa vermelho-escura e levou-o consigo.

Aliás, deve ser ressaltado a figura do rapaz caminhando por aqui. Apesar dos seus profundos esforços de mostrar-se como qualquer outro adolescente comum, como a escolha de roupas um tanto descoladas e da moda, era perceptível demais o tipo de pessoa do qual se tratava. O corpo magro, rijo e alto, atrelado aos óculos retangulares e finos, aquele corte de cabelo social penteado com precisão, a protuderância visível dentro do bolso dianteiro indicando um daqueles novos jogos super modernos e - veja só! - os sapatos sociais muito bem polidos não deixavam negar: Era aquele tipo de aluno que tira as melhores notas na escola.

Aquele que a maioria das meninas não sente atração nenhuma.
Salvo na hora dos exames.
Ah! Vocês sabem quem eles são.

Bem, outros detalhes importante sobre o rapaz era que ele não seguia aquele esteriotipo, parecia recusar-se a pertencer ao movimento que fora colocado. O sorriso de dentes muito brancos e alinhados, a boca pequena com o lábio inferior mais carnudo que o superior, e claro, o formato do rosto com traços muito bem marcados lhe davam um charme não conhecido pela maioria dos participantes daquele grupo: Ele era bonito.

A Sra. Rodrigues costumava suspirar quando o via entrar por dois motivos bem evidentes: Primeiro, sua beleza e segundo, porque ela nunca o viu com ninguém. Era do tipo de pessoa taciturna, que só respondia o que lhe era perguntado e que costumava andar sozinho por aí do tempo todo.

Ela o viu voltando dos corredores e fez exatamente como todos os dias: - Olá, Leonardo; diriguiu sua voz aguda e delicada ao rapaz, com um charme visivelmente forçado. Ele já havia sentado numa daqueles mesas reluzentes e redondas de madeira e colocado a protuberante bolsa na cadeira ao lado. Retirado um grafite azul escuro do bolso e aberto aquele grande livro vermelho. Só então levantou os olhos castanhos profundos e sorriu a ela, acenando com a cabeça. - Sra. Rodrigues. "Ah! Tão jovem!" pensava ela, enquanto recordava que aquele rapaz era exatamente como ela havia imaginado seu principe encantado, tantas décadas antes.

Foi quando ela adentrou.

Era uma menina de cabelos um pouco maiores que a altura dos seus ombros, franja reta e de um negro tão acentuado e fios tão lisos que só poderia haver química por ali; vestida com um jeans surrado, cheio de bolsos e meio rasgado nos joelhos, uma T-shirt vermelha colada, onde haviam um grande símbolo japonês pintado com muitas cores e tênis coloridos de jogador de basquete e uma mochila colorida parecendo muito vazia.

Os fones de ouvido gritavam algum barulho para seus tímpanos que poderia ser ouvido de longe. Ela adentrou ao local tropeçando numa superficie perfeitamente lisa, observando confusa o chão e dando de ombros. Estava quase acostumada a tropeçar. Sorriu delicadamente à Sra. Rodrigues e falou alto demais: - Ah, Oi! Er... Onde é a sessão de Exatas?

Medindo-a dos pés à cabela, a Sra. Rodrigues sorriu com aprovação. Apesar da aparência gritante, a menina tinha olhos achocolatados bonitos e um sorriso que dava vontade de sorrir com ela. E de tão atrapalhada, parecia mais delicada ainda. Ela esperou impaciente sua resposta, que veio com dois acenos: um indicando à placa de silêncio atrás do balcão e a outra indicando o corredor próximo a mesa onde Leonardo estudava.

Normas do local: fique quieto, pegue seu livro e sente-se.

Leonardo, que tinha uma capacidade de concentração tão acentuada que só poderia ser descrita como um dom, continuava entretido numa das páginas do livro vermelho. Parecia alheio à todo o mundo, mas não deixou de notar que alguém adentrara, especialmente quando um perfume delicado passou pelo seu nariz sensível e entrou no corredor C - Ala Exatas. Ele observou de canto de olho, mas não conseguiu distinguir nada além daqueles tênis coloridos.

Abaixou os olhos novamente e deu de ombros. Que importava se alguém tinha o cheiro tão bom? Logo ela estaria fora dali e seria novamente só ele, os livros e a Sra. Rodrigues. Não que aquilo fosse realmente bom, mas era o de sempre e ele era um profundo apaixonado por padrões.

Mas, suas previsões estavam erradas. A menina demorou muito até encontrar o livro que desejava, sentou-se na mesa ao lado da sua, bateu o cotovelo no encosto da cadeira, murmurrou um chingamento feio e o abriu já parecendo derrotada por ele. Retirou um caderno colorido da bolsa e uma caneta cor-de-rosa, claro, não antes de emperrar o ziper da bolsa e fazer barulho novamente.

Trinta minutos depois, ela já parecia completamente desesperada, segurando a ponta dos cabelos entre os dedos e olhando para as páginas com os olhos completamente perdidos. Era evidente que ela não sabia absolutamente nada daquilo.

Os olhos atentos de Leonardo observaram tudo aquilo por cima dos óculos, tão discretamente que ela sequer deveria ter notado. Ele não leu nenhuma das várias páginas que já havia passado, mas não pareceu importar-se. Lutava com uma decisão esquisita que pulsava seu coração.

Desde que a viu, ele sentiu uma estranha sensação de que gostaria de protegê-la. Engraçado vindo dele que não importava-se com ninguém! Ele ignorou a sensação por alguns minutos, mas não pode deixá-la para lá por mais que isso. Seus olhos corriam para ela o tempo todo, como se ele estivesse prevendo outro acidente à qualquer momento. E estava certo. Ela ainda mordeu o lábio inferior com tanta força que machucou. Derrubou a caneta em baixo da mesa e bateu a cabeça quando foi levantar e murmurrava que odiava aquela materia à cada cinco minutos.

A todo momento, Leonardo sentia que levantar-se-ia e oferecer-lhe-ia ajuda. Mas ele sabia que não o faria. Estava tão acostumado á inercia de não envolver-se com as outras pessoas - além, claro, dos seus adversários online dos jogos de RPG - que simplesmente conformou-se: aquela seria uma tarde sem proveito até que ela resolvesse desaparecer.

Só então ele sentiu um calor esquisito sobre seu ombro. Um pequena mão. Lançou um olhar especulador e assustado à dona da mão e percebeu que era exatamente a menina. Naquele instante ele sentiu um sulco do coração. Como ela havia se movimentado tão rápido?

- Você tem cara de Nerd, assinalou ela, antes mesmo de ele recuperar-se do susto. A voz da menina tinha a textura de algodão doce. - E Nerd são legais, certo? Parecia muito mais uma pergunta retórica que diriguida à ele, um insentivo para si mesma. - Então andei me perguntando algumas coisas e concluí: Você com certeza sabe Polinômios. "Ela estava pensando sobre mim também?!" pensou ele ainda assustado. - Só me resta saber se você me ajudaria.

Ele levou mais do que o tempo necessário para assimilar tudo aquilo de uma vez. Primeiro, desde que ela entrara ali, Leonardo só conseguiu concentrar-se no que ela fazia, e agora lá estava ela, lhe pedindo ajuda do jeito mais esquisito do mundo. Ninguém nunca lhe avisou que ninguém gosta de ser chamado de Nerd? Especialmente eles? Mas com aquele sorriso envergonhado que ela estampava no rosto, era impossível ficar realmente irritado.

Antes de perceber, Leonardo já havia se levantado. Ela entendeu aquilo como um sim e sorriu muito feliz, como se todos os seus problemas tivessem desaparecido. Caminhou novamente para a mesa onde estavam suas coisas, sendo seguida pelos calcanhares por um rapaz de ombros curvados e um livro vermelho na mão.

Sem entender exatamente o que havia acontecido com seu Eu-solitário, tacirturno e aquela velha mania de deixar os outros se viraram, ele sentou-se ao lado da moça, que - por sua vez - puxou a cadeira para bem próximo à dele. - Eu nem disse meu nome... Ela parecia conversas sozinha na maioria das vezes que abria a boca. - Sou Leonardo. Ele respondeu, olhando-a nos olhos pela primeira vez. Encontrou um sorriso ali. - Sou Elisabela. Pode chamar de Bells, é como meus amigos me chamam. Os seus devem te chamar de Léo...

Era estranho como ela o tratava como um conhecido de anos. E mais estranho ainda escutar um apelido referindo-se a ele. "Que amigos?" Ele quis perguntar-lhe com ironia. Não disse nada, apenas puxou o livro que ela usava para próximo de onde estava. Se era pra ser feito, que fosse logo, antes que o perfume dela o deixasse mais desnorteado ainda.

- Eu realmente não entendo isso, sabe, Léo? E ela parecia tão descontente com aquela situação que ele quase sentiu vontade de consolá-la. Só então lembrou que não fazia ideia de como se fazia aquilo. Balançou levemente a cabeça antes de começar a ler todo o capitulo. É claro que ele sabia aquilo melhor que qualquer pessoa que já conheceu, mas que lhe custava parecer um pouco confuso? Talvez consolar fosse aquilo. Colocar-se como igual ao outro.

- Bem... Ele começou, mas a menina não o deixou terminar. - Porque você é tão calado, Léo? Já fiz mil perguntas e você não disse nada. Isso é falta de educação. A voz dela tomou um tom tão autoritário que ele logo irritou-se. "Quem essa garota pensa que é? Estou aqui fazendo-lhe um favor!" E ele quase externou seus pensamentos, mas ainda bem que a viu sorrindo em sua direção um tanto antes. - Você é tímido?

Leonardo sabia que naquele instante ele havia ruborizado. Aquela menina tinha um dom, com certeza o tinha: Ela fazia todas as perguntas que as pessoas não devem fazer. Então, porque era mesmo que ele estava ali? Não sabia, só sabia que ela o fazia querer ser mudo. E ele até poderia fingir, mas já era tarde, já havia falado.

- Qual é mesmo sua dúvida sobre polimônios? Ele respondeu, ignorando as palavras dela, saindo mais grosseiro do que pretendia e concentrando-se naquilo que não lhe deixava nervoso: aquilo que ele conhecia. - Esse tão de Bryori-alguma-coisa...

- Método Bryori-Ruffini... E aquela foi sua deixa.
O rapaz assumiu todo um ar de quem sabe das coisas e começou a externá-lo à moça. Incrível como ele parecia saber todos os detalhes sobre o conteúdo. O grau, o produto e a divisão. A chave e o Bryori. Não havia um exemplo que ele não conhecesse, nem um erro de Isabella que ele não soubesse onde estava.

No começo, ela havia ficado muito quieta, prestando atenção em tudo que ele falava. Leonardo percebeu que - apesar de ser tão desastrada e incoveniente - ela era uma menina inteligente. Pegou tudo nos primeiros momentos e já fazia exemplos de medianos quase sem erros. Ele sorriu. Parecia que havia conseguido mesmo ajudar alguém, pelo menos uma vez na vida.

Ela sorriu delicadamente quando eles terminaram o último exemplo do livro e olhou-o com muita gratidão. Leonardo sequer percebeu, mas havia adquirido a mania de sorrir todas as vezes que ela sorria. Até lhe chamou de Bells para apontar um pequeno erro de sinal, uma vez. E, quando ele finalmente percebeu, estava quase respondendo à uma daquelas perguntas que comumente lhe irritavam.

- Ah! Léo... Sério... Obrigada mesmo! Ele sorriu e parecia satisfeito demais. Isabella era um menina linda, inteligente e delicada. E ele quase estava gostando de ter companhia. Quase, porque ele lembrou que depois daquele dia voltaria a normalidade na biblioteca. Livros, ele e a Sra Rodrigues. Ele prendeu um suspiro.

- Nossa, já é tarde assim? Ela falou consigo mesma novamente, como o costume, olhando um relógio esquisito que levava no pulso, que mais parecia uma pulseira de borracha colorida. - Preciso ir... O tom de voz de algodão doce parecia pesaroso, e ela lhe lançou um olhar de desculpas. Começou a arrumar suas coisas enquanto uma sensação estranha se formava dentro do rapaz: ele não sabia ao certo, mas parecia que estava com saudades dela. E ela não havia nem partido ainda! Estranho...

Então ela levantou-se e ele também, um cavalheiro medieval nato, como costumava se auto-descrever. Ela sorriu, levou o dedo polegar a boca e começou a roer a unha. Parecia ponderar alguma coisa com seus botões. Então decidiu: - Você ainda vai demorar aqui?

Ele observou o que ela insinuava e observou também sua bolsa no outra mesa, bastava colocá-las nas costas e colocar o livro no lugar... Já havia sido um dia sem qualquer proveito, de qualquer maneira... E... Que ele tinha a perder, afinal?... - Não. Respondeu ainda relutante. - Já estava indo também... Bells sorriu e quase deu um pulinho onde estava, mas contêve-se, observando a Sra. Rodrigues.

Então, enquanto ela o esperava guardar o seu livro e o dela, pegar sua mochila e ambos assinarem o livro de presença da biblioteca, sob o olhar atento e um tanto enciumado da Sra. Rodrigues, Leonardo considerava tudo que havia acontecido ali. E ele realmente não estava muito interessado em como, pois as consequências o agradavam: Engraçado como ele se sentia bem ao lado de Isabella, mesmo que dela só soubesse o nome e os traços mais evidentes.

Desceram as escadarias e caminharam lado à lado pela calçada. O sol já estava desaparecendo no horizonte, mas ainda iluminava o caminho e esquentava os corpos de um jeito gostoso. Era vermelho, rosa e dourado em suas faces que sumiam. Leonardo o observava sem perceber, como já era o seu costume. - Você também gosta? Ela disse indicando o sol, ele sorriu e assentiu. Bells sorriu, ele também. - Aliás, onde você estuda, Léo? E aquela fora deixa de Bells precisava.

Incrivelmente, Leonardo respondeu à tudo que ela lhe perguntou durante o longo caminho. Ela também respondia as próprias perguntas, e no final da Avenida Getúlio Vargas, ele parecia já ter jantado com toda a família da menina, conhecido ela desde a infância e percebido que gostava à cada segundo mais de tê-la conhecido. E aquilo era completamente novo para ele.

Até que ele precisou dobrar a esquina à esquerda.
E ela a direita.

A noite já estava cheia de estrelas quando ele percebeu que - daquela vez era verdade - eles precisaria se separar. Ambos pararam. Ela retorcia uma mão na outra e ele estalava os dedos da mão direita com a esquerda.

- É... Eu preciso ir, realmente. Adorei te conhecer, bom mesmo, Léo!
- Para mim também.
- Bem, a gente se ver por aí...
- É...

E ele dobrou a esquina. Nem precisou fazer todo o grau da curva para arrepender-se. Deu-lhe logo um tapa na própria cabeça e chingou baixinho a si mesmo. Porque ele não havia perguntado onde ela morava? Ele poderia tê-la acompanhado! Ou pedido o telefone, qualquer coisa. Maldita mania de não conseguir falar quando quer, especialmente perto de meninas!

Então ele escutou uma coisa correndo em sua direção e chamando seu nome. Também escutou uma coisa caindo no chão. Só então percebeu que Bella sorria sentada na calçada e parecendo realmente envergonhada. Ele foi até lá e ajudou-a a levantar-se, sem conseguir conter um riso.

Depois de estar em pé, com ela mais próxima que qualquer outra pessoa já esteve, ela lhe disse completamente rubra: - Você esqueceu uma coisa. E ele, sentindo-se mais distraído do que nunca e abobalhado por vê-la novamente, sorriu. - Mesmo? O quê? Disse apalpando os bolsos. - De me beijar.

E ouvindo isso, viu os braços da menina entrelaçarem seu pescoço, os pés delicados dela subirem sob seus sapatos e tudo que pode fazer foi sorrir antes de tocar seus lábios aos dela. Pela primeira vez na vida - mesmo que isso significasse 17 anos de espera - ele estava beijando uma garota.

14 comentários:

  1. noss. parabééns tdos os contos são muito bem escritos e cada vez mais se lê mais o leitor tem a curiosidade e a vontade de ler sempre mais!!!
    óo pode ter certeza ainda vamos ler seu livro...

    ;***

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  2. vários livros +_+

    cara o perfume dessa menina eh mt bom *_*

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  3. Eu tive que comentar, é. Nunca li um texto tão lindo e com tanto sentimento, que fez eu parar tudo aqui. Parar de escutar musica, sair do msn, pois não queria que ninguem atrapalhasse minha leitura. Eu li esse texto, como se estivesse lendo um livro. Eu podia sentir as folhas. Eu simplismente amei esse texto, já salvei no meu computador e tudo. Você precisa continuar esse texto. Eu preciso saber o que aconteçeu depois do beijo. Eu preciso saber o que aconteçeu com Léo. Por favor, continue. E esse texto me despertou uma vontade enorme de ter o MEU Léo (: Você escreve muito bem. Parabéns!

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  4. Caramba, você escreve muito bem. Já ouviu falar que quando escrevemos o que as pessoas desejam viver nós fazemos sucesso? Senti como se estivesse dentro da história, e desejei por isso. Parabéns!

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  5. Cara, que massa esse conto! Primeira vez que to lendo um conto seu, linda. O lance da biblioteca me chamou a atenção e, cara, é como a menina disse ali encima, parei tudo pra ler. Também fiquei curioso por uma continuação *--*

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  6. Olá !!!

    Parabéns pelo texto, muito bem escrito e elaborado !
    realmente prende o leitor !
    Sucesso pra você !
    Um enorme abraço !

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  7. Simplismente perfeeito, estou arrepiada parabens ilzy mt, mt fofo seu blog pode crer que ja eh (RSS) Amei

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  8. OMG, lindo, perfeito , nunca tinha lido um texto tão bonito *---*
    não sei nem o que comentar, sem palavras..
    me emocionei, não consegui tirar os olhos da tela um segundo, parabéns.

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  9. Nossa, não consegui parar de ler... e por incrivel q pareça estou na biblioteca da facu agora..rsrs... já atrasada pra aula pq tive q terminar de ler seu conto! perfeito e lindo ... quero ver mais e ler muito mais! parabens!

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  10. :OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
    nao tinha lido esse ainda, arrepiei aqui. sério.

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  11. Me lembra A Marca de uma Lagrima às avessas. Mas eu diria que é ainda melhor que o livro. Texto absolutamente lindo, Zee <3

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  12. Ilzy, minha querida, parabéns! Um história sensível, simples, delicada. Lembra o que falamos sobre o menos ser mais? Pois é. Gostei principalmente da simplicidade, porque trouxe verdade e sentimento. Parabéns, viu?! Pati(Jornalismo UFPI)

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  13. Hey!
    Linda demais essa história...
    Adoro o jeito que você escreve! Já estou seguindo seu blog.
    Passa lá no meu, se puder?
    http://penny-lane-blog.blogspot.com.br/
    E, se gostar, segue?
    Beijo!

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  14. Que lindo! *-* Histórias ocorridas numa biblioteca são as melhores! ♥

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