Entre Tempestades e Arco-Íris

24 abril 2011 / Tags: , , , , , , , , , ,

Feliz Páscoa pra todo mundo! 
Desejo milhares de ovos de chocolate  pra vocês, melhores leitores de todos. 

Ele tinha mania de colocar a caneta no canto dos lábios quando estudava. Não mordia, não mexia, apenas a colocava ali. Dizia que fazia parte da concentração. E bem, com a aparência que ele tinha, só o fato de vê-lo estudar já era algo surpreendente. Acho que eu era a única pessoa que realmente prestava atenção aquela caneta.

Porque, veja bem, o Arthur não é o tipo do nerd. Na realidade, se é pra rotulá-lo, diria que ele é aquele cara que senta no fundo da sala, na última cadeira. Aquele que não fala com ninguém, que não olha pra ninguém e que realmente não parece estar ali. Ou está desenhando no caderno, ou ignorando os colegas ao redor. Ou os dois, quem sabe. 

E se ele é assim, eu era completamente o contrário. 


Veja bem, se você tira boas notas, você não pode estar muito aí pro seu cabelo, sabe? Eu usei trança para ir a escola até o primeiro ano e mal sabia qual a diferença entre blush e sombra; sentava na primeira cadeira desde o primeiro dia de aula. Os professores sabem meu nome completo, mas nunca precisam chamá-lo. Uso quatro graus em cada olho. E é, se você quiser pode me chamar de nerd, eu não me importo mais.

Então, você deve me entender quando digo que nunca entendi bem o porque de um cara com o Arthur, um dia, ter resolvido falar comigo. Mas, o fato é que ele fez. Um dia, no primeiro ano, eu estava preocupada por ter tirado nota baixa numa prova de matemática e não quis sair para o intervalo com minhas amigas. Quando eu abaixei minha cabeça sobre minha mesa e meus olhos começaram a marejar - eu nunca havia tirado nota baixa em toda minha vida - ouvi uma voz lá de trás.

- Você vai mesmo chorar? - Debaixo do ventilador que rangia lentamente, ele estirava as pernas sobre a cadeira de outro colega e me olhava como se eu estivesse enlouquecendo, mas que isso não lhe importava muito. 

Primeiro, me perguntei se ele estava mesmo falando comigo - porque eu nunca o tinha visto falar com ninguém. Olhei ao redor. Só havia nós dois na sala. Ele notou minha observação e riu roucamente. Levantou-se, preguiço. Acredite, ele era enorme para um garoto de quinze anos. E tinha uma barba já por fazer. Assustava um pouco o jeito com que ele me observava - aquele ar de quem não liga pra ninguém. Caminhou até onde eu me sentava e viu que eu cobria com a mão o local onde havia anotado minha nota. Delicadamente, ele quis levantar minha mão... 

Recuei seu toque e senti uma vergonha enorme. Eu não queria que ele visse quando havia tirado. Não queria que ninguém visse quanto havia tirado, especialmente meu pai - que certamente teria um dos seus discursos destruidores de moral à me oferecer gratuitamente quando soubesse. Ele me olhou bem de perto dessa vez e declarou se abaixando em minha direção, quase como um segredo: - Você acha mesmo que foi pior que eu? - e soou bem sincero. 

Bem, isso me fez ter um pouco menos de vergonha. Eu não podia ter tirado menos do que ele, certo? Ele nunca parece estar ali na maioria das aulas e era sempre o primeiro a terminar as provas (como quem simplesmente marcava e entregava sem se importar com nota)... Retirei a mão e ele riu novamente. - Você vai chorar por um seis e meio, Sofia? A média é sete. - ele declarou com simplicidade e riu de novo. 

Simplesmente o observei. Então ele sabia meu nome? Mas, pelo modo como ele desprezou minha nota, dava pra ver que certamente não conhecia meu pai. - Acho que você não está triste pela nota... - ele fez uma pequena observação, enquanto puxava a cadeira da Ananda - que sentava atrás de mim - e sentava-se, colocando os pés no apoio da minha cadeira. E me observou, estranhamente interessado em saber. 

Quando notei, eu havia falado tudo que estava dentro de mim. Como eu estava apavorada em contar ao meu pai sobre a nota, sobre como eu havia me esforçado e dado meu melhor, sobre como era estranho ele estar ali falando comigo. Ele ria da maioria das coisas que eu falava e às vezes me interrompia com algo que me fazia rir das minhas próprias desgraças. 

Então o intervalo acabou.

Confesso que senti uma estranha onda dentro de mim. Algo como frustração de não poder mais continuar aquela conversa. Ele deu de ombros e voltou preguiçosamente pra o seu lugar. Quando a aula de gramática estava quase no fim, Ananda me passou um pequeno pedaço de papel. Eu nunca havia recebido recados na aula e tanto eu, quanto ela, ficamos realmente curiosas. 

"Quer sentar aqui comigo na próxima aula?", dizia o bilhete com uma letra masculina nada caprichosa. Só poderia ser de uma pessoa. Olhei discretamente para trás e o vi me observando atentamente. Depois ele piscou um dos olhos e voltou para o caderno. Peguei o bilhete e anotei "Tudo bem", com minha letra saindo trêmula. Eu nunca havia sentado em outro lugar à não ser o meu. Repassei o bilhete à Ananda que me lançou um olhar estranho. 

Quando o sinal tocou, Arthur levantou-se e caminhou com toda sua calma particular. Foi até minha carteira, entregou a bolsa, empilhou cuidadosamente a mesa e a cadeira e carregou-a sobre as cabeças confusas de toda a sala. Todos me olhavam como se eu fosse de outro mundo. Como diabos eu havia conseguido que ele me notasse? Eu podia ler em seus olhos e tentava respondê-lo com a minha dúvida também.

Colocou-a ao lado da cadeira dele. Nossos professores do colégio federal não estavam interessados onde nós nos sentávamos, desde que ficássemos quietos e prestando atenção à aula - e se não isso, bastava ficar quieto. Quando o professor de filosofia adentrou a sala, me sentei e - preciso confessar - me sentia quase cometendo um crime. 

Era completamente estranha a sensação de estar lá atrás. Podia observar todos e a tudo. E tinha a boa sensação do vento vindo de cima e caindo sobre nós, além de poder observar os grandes jardins da janela lateral à direita. Olhei-o de canto de olho e ele estava ali, de cabeça baixa, desenhando na última folha do caderno. Já ia observar o que ele estava fazendo quando notei que o professor não havia começado à aula.

Estava conversando com a Ananda, que apontava pra mim discretamente. Ele fez uma careta e eu puder notar que não gostou de mim lá atrás, mas, bem, eu me sentia ótima ali e não iria mudar de lugar. Exceto que o Arthur me mandasse embora, é claro. Voltei minha atenção à ele.

Só então notei o que ele estava fazendo que quis voltar pro meu lugar. Na última página do caderno dele havia um rosto de perfil... E era eu. Isso mesmo, eu! E ele só estava colocando os últimos toques na minha trança lateral! Eu quis morrer ali. Então ele arrancou a folha, dobrou-a e me entregou. Não, ele não me olhou, ele simplesmente me entregou o papel. Peguei e esqueci até de agradecer.

Agora não me venha com julgamento! Algum semi-conhecido já lhe desenhou?!

Bem, posso confessar uma coisa? Senti-me melhor ainda depois que a vergonha passou. Afinal, eu estava experimentando coisas completamente novas e depois de quinze anos de monotonia, nada podia me deixar mais feliz. 

E o dia passou tão rápido que eu mal notei. Na saída, o Arthur me acompanhou até o ônibus, descobri que ele morava a duas paradas da minha. Despedi-me dele - não antes de trocarmos nossas celulares - e ele sorriu para mim. De um jeito bonito e sincero.  

Cheguei em casa radiante, nem mais lembrando-me da nota baixa. Decidi que meu pai não precisava saber dela e que eu a recuperaria antes de ele pudesse o fazer. Naquele momento aprendi uma valiosa lição sobre os pais: eles não precisavam saber das nossas coisas se não perguntarem.

Mais tarde, peguei ainda envergonhada meu desenho e tomei um susto. Apesar de ele ter um dom incrível em desenhos, eu notei pela primeira vez como eu era aos olhos dos outros. Minha trança, meus óculos grandes, meus lábios ressecados... Nada daquilo me agradou.

Um sentimento estranho estava dentro de mim naquele momento, enquanto minha banda favorita tocava em meu computador. De repente, eu quis mudar! É, algo radical, que se demonstra todo aquele meu sentimento de mudança do momento. Lembrei de todas as peças do meu guarda-roupa e nada daquilo parecia comigo. Eu nunca mostrei ao mundo aquilo que eu gostava, porque eu sempre tive um imenso pavor de críticas... Especialmente as do meu pai.

Respirei fundo para tomar coragem, fui até a cozinha e encostei os quadris na porta, enquanto minha mãe cozinhava... - Mamãe, andei pensando... O que a senhora acha de eu usar lentes? - minha mãe virou-se para mim enquanto secava as mãos num pano de prato e seus olhos pareciam brilhar. - Então, a minha pequena nerd decidiu ter um pouco de vaidade? - ela respondeu brincalhona e concordou com a minha idéia. Combinamos de sair para meu oftalmologista mais tarde e também fazer algumas comprinhas.

Todas aquelas mudanças estavam me deixando animada. Realmente animada.

Quando voltei ao meu quarto. E toda aquela onda de mudanças se refletiu numa lâmina brilhosa. Eu sempre usei meu cabelo do mesmo modo desde criança... Uma idéia um tanto estranha me veio a cabeça. 

Com um tanto de medo mais um tanto de decisão, fui até o meu banheiro. Soltei meu cabelo castanho-médio, enorme e liso e o observei. Sabe, ele é muito bonito. E eu sempre tive vergonha de usá-lo como eu queria... Então, num surto de decisão, peguei uma mecha e a tesoura e cortei-a. A sensação fora de como tirar um peso enorme dos meus ombros. Ri prazerosa e comecei a cortá-lo. 

Quando notei, metade do meu cabelo estava na pia e o que restara agora caía só alguns centímetros abaixo dos meus ombros, além de uma franja meio torta estava sob minha testa. Acho que aquela fora a melhor sensação que já experimentei em toda minha vida. Um misto de liberdade, vaidade e poder. Eu percebi que me olhava no espelho pela primeira vez e sentia orgulho da minha aparência. 

Fui até o quarto de mamãe e peguei um lápis de olho e um baton vermelho. Apliquei o lápis e o baton e me sentia cada vez mais poderosa. Mamãe me encontrou no banheiro minutos depois e teve uma crise de riso quando me viu. Estava realmente feliz em ver como eu aparentava agora. Ela também era apaixonada por franjas e sempre sonhou que um dia eu seria um pouquinho vaidosa.

Tivemos uma das melhores tardes de todas. Compramos maquilagem, minhas lentes e roupas novas. Cada vez eu estava mais segura de que, pela primeira vez em minha vida, eu era realmente quem eu gostaria de ser. 

Bem, meu pai não ficou tão satisfeito quando chegou.

Na realidade, ele não poupou nenhuma palavra sobre como eu aparentava ridícula com aquela aparência e sobre como ele estava decepcionado comigo. Nunca fui tão ofendida quando naquela noite. Lembro de ter dormido soluçando. Porém, aquela noite de choro me deu algo que eu nunca havia tido antes: coragem de enfrentá-lo.

Levantei-me soluçando no meio da madrugada e fiz uma promessa de frente ao espelho. Eu nunca mais deixaria de ser quem eu era por ninguém. Todos poderiam me criticar e me chamar de ridícula, mas não me importaria, porque eu estava satisfeita e plena de mim.

Bem, claro que isso acarretou em milhares de conseqüências. Meu pai e eu costumávamos brigar todos os dias, logo cedo. Na escola, meus antigos amigos me criticavam - além, claro das pessoas dos outros anos - e no final, a única coisa boa da qual eu me lembrava era do sorriso que Arthur me deu quando me viu novamente. - Gostei do cabelo... - ele disse simplesmente e começou a desenhar novamente. 

No final, meu único amigo era o Arthur.
Bem, ainda hoje...
Só que tudo isso aconteceu a três anos.

Continuei observando o Arthur estudar. Estávamos sentados na mesa da cozinha da minha casa. O dia já havia ido embora e ele estava bastante confortável ali. Bem, nós dois havíamos mudado bastante desde então. Agora, ele continuava com aquele ar de quem não dá a mínima pra coisa alguma, mas eu sabia que ele se importava comigo. E - apesar daquela aparência de roqueiro depressivo - era o queridinho de minha mãe.

Eu não sabia bem o que acontecia entre nós dois, afinal, ele nunca foi do tipo que explicava bem as coisas. Um homem de entrelinhas, eu costumava dizer. Mas, às vezes, ele encostava a cabeça nos meus ombros e beijava meu pescoço. Subia um pouco e então beijava minha boca com carinho. Nós ficávamos algum tempo daquele jeito. Quando terminava, voltava a ser meu melhor amigo. Mas, como eu gostava daquilo, nunca perguntei...

Bem, eu tenho dezoito anos, não preciso de um namorado.
Eu só preciso dele.
Seja o que for tudo aquilo que acontecia entre nós.

Naquele momento, escutei que meu pai havia chegado. Trazia sua maleta, seu costumeiro ar de que tudo-nessa-casa-está-errado e não demorou muito para começarem a brigar com mamãe. Aliás, já comentei que meus pais estão em processo de separação? Acho que não... Bem, aquela casa estava se tornando um inferno desde então. Todos os dias, meu pai procurava motivos para humilhar tanto minha mãe quanto eu e um pavor estranho se formava no meu estomago àquela hora da tarde.

Arthur sabia exatamente o que estava acontecendo ali - afinal, não havia segredos entre nós - e ele mesmo tinha pais separados. Ele me olhou com proteção enquanto me via encolher ao poucos. - E o que esse vagabundozinho faz aqui toda tarde?! - eu ouvi a voz de trovão do meu pai explodir da sala. Ele estava se referendo ao Arthur. 

Uma mistura de ódio e vergonha se apoderou de todo meu corpo. Como ele se atrevia a chamá-lo assim?! Olhei Arthur por cima dos cílios e ele conservava o mesmo rosto de sempre, não parecia nenhum pouco ofendido, mas estava arrumando sua mochila. - Acho que essa é minha deixa... - comentou, pensativo. Então parou assim que observou minha postura e meu olhar.

- Sabe - ele começou... - Quando meus pais brigavam, eu costumava sair de casa e ir para um lugar... - E ele parecia me convidar quando não terminou a frase. Eu sabia que daqui a pouco seria a minha vez de escutar as ofensas do meu pai sobre a minha aparência, minhas escolhas e como eu era ridicula, então dei de ombros. Levantei-me, ao mesmo tempo em que Arthur e escrevi um bilhete à minha mãe. "Estou com o Arthur. Te amo, mamãe, espero que esse lunático saia logo daqui."

Então, Arthur segurou firme minha mão e nós entramos na sala, ao som dos gritos dos meus pais. Ainda consegui captar algo como "Pra onde você pensa que vai com esse vagabundo?!" e "você não tem o direito de chamar um menino como Arthur de vagabundo, Rogério, cale essa sua boca imunda e...", antes de fechar a porta atrás de mim. Caminhei apressada, como se fugisse de um monstro e quando notei estava dentro do carro da mãe de Arthur, enquanto ele se apressava para me tirar logo dali.

Cada vez mais, a humilhação, a dor e especialmente o sofrimento se apoderaram de mim. Cruzei os braços à frente do meu corpo e mal notei quando as lágrimas quentes começaram a cair. O carro estava escuro e eu só podia escutar meus soluços e a respiração de Arthur. 

Ele estacionou minutos depois. Estávamos no topo de um dos morros da cidade. Uma pequena capela branca era iluminada por um único poste. Ele saiu do carro, deu a volta pela frente e abriu a porta para mim. Eu não consegui me mexer. Meus soluços aumentaram quando eu tentei falar qualquer coisa. Arthur abaixou-se ali nos meus joelhos e ficou parado, simplesmente me olhando. 

Depois de algum tempo, consegui me controlar e o segui. Havia uma pequena cruz de frente a onde o morro se declinava. Nós sentamos ali, lado a lado. Primeiro, ele ficou em silêncio e imóvel, assim como eu. Milhares de pensamentos invadiam minha cabeça e a fazia latejar. Depois, ele pegou minha mão e cruzou seus dedos aos meus.

- Sabe, eu costumava vir aqui de bicicleta quando meu pai chegava em casa brigando... - ele começou baixinho, parecia ter medo de que qualquer palavra que falasse, pudesse doer ainda mais em minha dor. - Eu me sentava aqui e ficava contando todas as luzes...

E só então eu olhei para frente. Dali, dava pra ver toda a cidade. Suas luzes cintilavam como estrelas no véu negro da noite. De repente, eu entendi o que o Arthur estava tentando fazer... Apertei meus dedos entre os dele e coloquei minha cabeça em seu ombro. - Eu sinto muito por tudo isso, Sofia... - ele disse baixinho, passando o braço sobre o meu ombro. Virei-me para abraçá-lo pela cintura, então ele me deu um pequeno beijo nos lábios. 

Engraçado esse momentos em que todas as boas lembranças vêem a nossa mente numa torrente, não acha? Senti-me assim, naquele momento. Até dei um pequeno sorriso após o beijo dele. Ele não entendeu. Não me dei ao trabalho de tentar explicar.

De algum modo, as coisas se colocaram no lugar novamente, bem ali. Eu tinha minha carinhosa e incrível mãe, logo aquele carrasco nojento sairia da nossa casa e claro, eu sempre tive o Arthur... Uma espécie de estranha esperança apoderou-se de mim.

Bem, primeiro vem a tempestade, depois o arco-íris, não é?
Eu iria esperar meu arco-íris vir. 

Enquanto isso, eu poderia me sentar ali todos os dias com o Arthur. Poderíamos trazer bebidas. Ou livros. Ou nada. Simplesmente ficarmos sentados ali, olhando as luzes da cidade. Não importava. Desde que ele estivesse ali, eu ficaria bem. Abraçei-o e sorri em seu ouvido: - Obrigada... - disse, numa voz roca do pós-choro e o ouvir rir também. 

Quer saber? Desde que eu tenha o riso dele sempre por perto, 
acho que as coisas vão ficar no seu lugar.
Não se preocupem comigo, eu vou ficar bem.
Eu sei que vou.





Enquanto houver você do outro lado, 
Aqui do outro eu consigo me orientar.
A cena repete, a cena se inverte, 
Enchendo a minh'alma daquilo que outrora 
Eu deixei de acreditar.

Tua palavra, tua história, a tua verdade fazendo escola,
E a tua ausência fazendo silêncio em todo lugar.
Metade de mim, agora é assim: 
De um lado a poesia, o verbo, a saudade.
O do outro a luta, força e coragem pra chegar ao fim.

E o fim, é belo e incerto, depende de como você vê.
Um novo credo, da fé que você deposita em você e só.
- Teatro Mágico

18 comentários:

  1. Ounw *-*
    Lindo demais!!!
    Como sempre vc se supera!
    Beijos
    Parabéns!

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  2. todo esse cenário de escola é meio que um descarrego pra mim, que já ta enjoada dela DFPOSKAFPOAKDSPFOKADSPOFKASPFKASPFOK
    ótimo, como sempre... seus textos são sempre tããão grandes, mas eu nunca espero chegar ao fim *-* e são tão sei la.. BONS! parabéns ilzy :*

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  3. Vc sempre se supera, não sei como consegue *-*
    Parabéns..
    e ah, feliz Páscoa ;)

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  4. Bonito, romântico. Faz com que eu lembre que um dia também fui assim.

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  5. acho incrivel o modo quando vc me escreve, o modo como eu me sinto te lendo. gosto muito.

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  6. Me fez lembrar de uma das épocas mais felizes da minha vida, quando só existia eu, meu incrível melhor amigo e a nossa paixão louca.

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  7. Incrivelmente clichê! Incrivelmente romântico, incrivelmente liiiiiiiiiiindo! Você é ótima... OooopSsss, já disse isso aqui né?!?

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  8. Okay, esse trecho de TM no fim me fez sair do google reader e vir até aqui comentar.
    Ilzy, você arrasa. Mesmo com uma história completamente piegas, você consegue me deixar boquiaberta. Adoro tudo o que você escreve, parabéns.

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  9. Me senti tão milagrosamente bem lendo tudo isso =) Todas essas palavras perfeitas me fizeram refletir tanto, muito obrigada Ilzy.

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  10. Nooossa arrasou .. Amei o texto , sem palavras *-*

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  11. Sabe quando você ler uma historia e se sente dentro dela, que quando a personagem rir, você rir também, e quando ela chora você chora igualmente, bem é meio assim que eu me sinto quando leio seus texto.

    Parabéns!

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  12. Incrível!Simplesmente incrível(sem outro adjetivo no momento).

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  13. Cara, quando eu penso que nem um conto vai ser melhor que o miocárdio, você me vem com você sabe voar, quando eu penso q nenhum supera uma saída pela tangente, você me vem com essa obra prima, putz ilzy, dá um pouquinho desse talento p mim vai...

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  14. Por que isso não acontece comigo ?! haushaushauh se cada conto seu virasse realidade a vida de muita gente seria magnifica ;]
    Me sinto integrante dos seus contos, perfeeitoo!
    Como você se sente em superar você mesma ?!
    a Ilzy sou sua fã! ♥

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  15. muito bom! parabéns, maravilhoso mesmo..

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  16. Putz... o começo é a história da minha vida: a nerd que foi mal em matemática, o cara que lhe escreveu um bilhetinho...
    Amei!

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  17. Lindo demais! me identifiquei com a Sofia! =)

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